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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DIFERENÇAS ENTRE GERÚNDIO E GERUNDISMO (parte 1)


 Primeiramente, é necessário esclarecer o que o gerúndio é uma das formas nominais do verbo que expressa uma ação em curso e que tem terminação “do” (cantando, correndo, dormindo, etc).
Ao se tratar do gerúndio, nota-se que as gramáticas tradicionais apresentam entre si pequenas diferenças na abordagem de conceitos sobre o gerúndio.
O gerúndio existe na Língua Portuguesa, mas a confusão é feita no modo de como utilizá-lo na fala ou na escrita. Exemplo: Não me telefone nessa hora, porque eu vou estar dormindo, a frase está correta, pois se refere a “dormir”, nota-se que o ato de dormir tem um duração que pode durar horas. Porém, “vou estar transferindo sua ligação” é um fato imediato, só depende da ação de apertar um botão. Conclui-se, que podemos utilizar o gerundismo, mas de uma forma mais cautelosa.
A locução verbal é criticada pelos os estudiosos da língua portuguesa, mas mesmo assim as pessoas utilizam no seu cotidiano e passa por despercebidos.
VOU ESTAR TRABALHANDO DAS 8:00 ÁS 19:00
Em alguns casos também pode-se encontrar esse tipo de linguagem como aconteceu em rede nacional, em meados de agosto, o próprio Ministro da Saúde, José Serra, que não é jovem, usou o  termo falando que “outra vacina que vamos estar aplicando amanhã”. 
 Outro exemplo que podemos encontrar o uso do gerúndio, no caso um verso da famosa composição de Geraldo Vandré Morais (2008, p. 01).. Nesse verso pode-se perceber como o gerúndio da ideia de ação em continuidade. (caminhando, cantando, seguindo, marchando,vencendo) “O autor não fala simplesmente "pelas ruas marchamos" (idéia pontual, finita), mas, "pelas ruas marchando" (ideia de processo, de ação contínua).” Morais (2008, p. 01).
Para não dizer que não falei das flores de Geraldo Vandré

Caminhando
e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão